Doação de Órgãos: uma escolha que salva vidas

No Dia Nacional de Doação de Órgão (27/09) vamos lembrar a importância desse ato de amor e solidariedade

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         Se você tivesse a escolha de salvar uma vida humana, mesmo após a sua morte, você diria sim? O transplante de órgãos, que depende da doação, pode ser a oportunidade de salvar essa vida - e é preciso que todos os brasileiros se conscientizem da importância dessa decisão que pode dar uma nova oportunidade de vida a alguém.

        Um doador pode salvar mais de oito vidas
         Doar órgãos é doar vida. O transplante de órgãos consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão ou rim), ou tecido (córneas, medula óssea ou ossos), de uma pessoa doente por um órgão ou tecido saudável de um doador, vivo ou morto.

        Quando acontece a morte cerebral, há perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida. O indivíduo pode ser um potencial doador de órgãos e tecidos, que são retirados e usados no transplante. Por isso, um único doador pode salvar mais de oito vidas.

        Por que é importante avisar a sua família?
         Quando o paciente falece, a doação de órgãos só acontece com a autorização da família. Por isso, é importante avisar a sua família sobre o desejo de se tornar um doador, após a confirmação da morte encefálica. No Brasil, o número de famílias que não autorizam a doação ainda é alto: em 2018, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, a não efetivação da doação foi de 43%.

         O que eu preciso fazer para ser um doador?
        Você precisa apenas avisar a sua família sobre o seu desejo de ser um doador, após a morte. Não é precisar deixar nenhum documento assinado, basta que a sua família autorize a doação de órgãos e tecidos, quando a morte cerebral for confirmada.
        O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado por uma Resolução do Conselho Federal de Medicina, que determina exige dois exames clínicos realizados por médicos diferentes e um exame complementar (gráfico, metabólico ou de imagem). Por isso, a sua família pode ter certeza desse diagnóstico, caso ele se confirme.

          Como fica o corpo do doador?
         É importante esclarecer que o corpo do doador não fica deformado no processo. Após a retirada dos órgãos, é feita a recomposição do corpo e o doador poderá ser velado normalmente.

          Nós somos referência
         O Brasil é referência mundial nesse tipo de cirurgia e possui o maior sistema público de transplantes do mundo - sendo o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos da América. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

         Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pelo SUS. E a família do doador não paga nada pela retirada dos órgãos.

          Quem recebe os órgãos e tecidos doados?
         Eles vãos para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista de espera unificada e informatizada, em uma mesma base de dados. Cabe à Central Estadual de Transplantes, por meio desse sistema, gerar a lista de receptores compatíveis com o doador em questão. Nem o doador e nem os familiares podem escolher o receptor.

          Pessoas vivas também podem doar
         Não são apenas pessoas falecidas que podem se tornar doadores! Qualquer pessoa saudável e capaz, nos termos da lei, que concorde com o ato da doação e possa realizá-la sem prejudicar a sua própria saúde pode fazer esse ato de amor. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea. Converse com a sua família e seus amigos sobre o assunto. O seu “sim” pode salvar vidas.

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