Amamentar é tudo de bom

1º de agosto é o Dia Mundial de Amamentação, marcando o início do Agosto Dourado, mês dedicado a incentivar essa prática que é tão importante para o bebê e a mãe

   Nos primeiros momentos com o bebê, a mãe se preocupa em garantir a melhor alimentação que uma recém-nascido pode ter. Nesse período, a amamentação em intervalos regulares é regra. Mas aos poucos, com o crescimento da criança dia após dia, pode surgir o medo de que o leite materno não seja um sustento completo e, então, começam a ser inseridos outros alimentos na dieta.

   A falta de informação sobre o leite materno é uma realidade: hoje, apenas 38% das crianças ao redor do mundo se alimentam apenas do leite materno, nos seis primeiros meses de vida, informa um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). A instituição tem como meta ampliar esse número para que ele seja de pelo menos 50%, até 2025. Mas por quê?

   Benefícios do leite materno

   De acordo com o Ministério da Saúde, o bebê deve se alimentar apenas do leite materno nos seus seis primeiros meses de vida, não devendo comer ou beber mais nada - incluindo até mesmo água. No leite, o recém-nascido tem um alimento completo para sua nutrição, que permite o seu crescimento com saúde.

   E mais: o órgão também informa que a amamentação é capaz de reduzir em 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Isso acontece porque o leite materno é um alimento que fornece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento cerebral, ainda combatendo infecções e protegendo a criança.

   Leite materno, de preferência

   A OMS aconselha que apenas depois dos seis primeiros as mães passem a inserir outros alimentos para a criança, como papinhas caseiras de frutas e legumes - mas sem interromper a amamentação! O leite materno continua até a criança atingir dois anos de idade.

   Proteção para a mãe

   Que a amamentação fortalece o vínculo entre a mãe e bebê muitas pessoas já sabem, mas você sabia que a amamentação diminui os riscos de anemia, osteoporose, doenças cardíacas, câncer de mama e de ovário, depressão e hemorragia pós-parto?

   O custo de não amamentar

   A economia global economizaria mais de R$ 3,75 bilhões se todas as mulheres pudessem amamentar seus filhos com leite materno, durante os primeiros seis meses de vida da criança. É isso que a pesquisa “O Custo de Não Amamentar”, que reúne informações de mais de 100 país, indica.

   Publicada no jornal acadêmico de Políticas e Planejamento da Saúde da Universidade de Oxford, no Reino Unido, a pesquisa também mostra que, por ano, são quase 600 mil mortes de crianças entre os 6 meses e 5 anos de idade devido à diarreia e pneumonia, doenças que poderiam ser evitadas com a amamentação exclusiva. Além disso, a análise também aponta que mais de 970 mil casos de obesidade infantil por ano também tem o mesmo fundo.

   Já para as mães, a pesquisa estima que a amamentação teria potencial para prevenir quase 100 mil mortes por diabetes e cânceres de mama e ovário, por ano. Todos os custos de saúde com estas doenças, somados aos gastos com as perdas cognitivas de crianças que não são amamentadas nos seis primeiros meses e não recebem nutrição adequada, chegariam a R$ 3,75 bilhões.